Para quem vem de um país grande como o Brasil, acostumado com distâncias em centenas de quilômetros, a Itália parece minúscula, não é mesmo? E de fato é! A superfície da Itália, cerca de 300 mil Km², é bem menor do que muitos estados brasileiros! Esta enorme, gigantesca diferença de escala muitas vezes leva o turista a subestimar os quilômetros a serem percorridos entre as cidades e, por consequência, saturar a sua programação do dia.
O resultado disto pode ser frustrante, estressante e cansativo, tudo aquilo que não queremos nas nossas férias, não é mesmo? Há muito tempo queria abordar este assunto aqui no Viva Toscana, pois recebo mensagens sobre roteiros impossíveis de serem realizados. Além disso, a maioria das reportagens que leio em revistas e blogs especializados, sem falar das propostas dos operadores turísticos, sugerem roteiros com uma programação extremamente intensa!
O “Slow Travel” surge exatamente na contramão desta corrente de massificação comprimida. “Viajar Lento” significa passar por lugares menos conhecidos, valorizar o ambiente que te circunda, estar atento aos detalhes, entrar em contato com a natureza, a paisagem e as pessoas. Além do mais….
1. O melhor jeito de conhecer uma cidade é se perder
Quando nos perdemos em uma cidade, encontramos outra. Sim, pois saímos por um momento daquele trajeto turístico que todo mundo faz e acabamos por conhecer a cidade real, aquela do dia-a-dia. Se você tiver pouco tempo, vai ser estressante, vai encarar o imprevisto como uma “perda-de-tempo”. Caso contrário, terá a chance de viver e conhecer melhor a essência do lugar e das pessoas.
2. Férias servem para descansar
Levamos um estilo de vida frenético que exige certos padrões e esquecemos que férias servem (entre outras coisas), para quebrar este ciclo. Fazer e permitir coisas que não faríamos normalmente no nosso dia-a-dia. Muita gente leva na bagagem a pressa e a euforia que o cotidiano de trabalho nos impõe, principalmente nas grandes cidades. “Tem que ir”, “tem que conhecer”, “não vai dar tempo”, “vamos logo”… são frases que você também vai continuar repetindo durante a sua viagem se a programação for errada.
3. O dinheiro mais bem gasto é com viagem
Bens materiais podem quebrar, serem roubados ou perdidos, enquanto que as lembranças e experiências permanecem. Por isto, eu encaro as minhas viagens como um investimento em mim mesma. Tudo tem seu custo/benefício, por exemplo: não vou pagar um bilhete bate-e-volta de trem para somente ver uma cidade, se sei que precisaria de mais dias. Prefiro conhecer bem a cidade onde me encontro no momento e numa próxima oportunidade conhecer bem a outra cidade. Não vou entrar em um museu se não tiver um guia (pessoa ou livro) que me oriente ou se não tiver tempo suficiente para visitá-lo com calma.
4. Curtir o momento
Sentar numa cafeteria, em um bar ou num banco de parque e observar o movimento, ler um livro, conversar. Ter um momento de contemplação, experimentar o drink ou a cerveja da cidade, o doce típico, descansar da caminhada, sem pressa de ir para lugar algum. Tudo isso faz parte do turismo!
5. “Ver” é diferente de “Conhecer”
Tem quem volta de viagem com uma lista enorme de cidades que “conheceu” nos seus 15 dias de férias, mas ao rever as centenas de fotos que fez no iPhone não se lembra nem onde estava, porque “foram tantos lugares!”. Para conhecer de fato uma cidade a gente precisa de tempo. Tempo para observar, sentir, perceber o ambiente ao seu redor, antes de levantar a máquina fotográfica (ou celular) e ir clicando.
Espero que ao retornar da sua viagem você traga na bagagem mais do que fotos e presentes, experiências e emoções! <3
Excelente artigo. Concordo plenamente. Esse é o segredo para viver uma experiência enriquecedora de fato.
Tive esse aprendizado quando visitei Gramado e Canela, anos atrás.
Eu estava percorrendo os lugares na região usando uma bike que me emprestaram. Com alguns poucos giros a bike começou a apresentar vários probleminhas técnicos e resolvi deixa-la numa oficina para uma revisão geral. Era de manhã cedo quando procurei a oficina e me disseram que só conseguiriam me entregar no final da tarde. Resultado, fiquei matando o tempo passeando a pé por Gramado, fora de seu centro urbano. Como tinha muito tempo, não tinha pressa e assim fui percorrendo os arredores de forma livre e relaxada. Os detalhes e situações que se revelaram foi maravilhoso e a sensação de relaxamento e deslumbramento a cada descoberta de uma simples cena, foi muito prazerosa.
Enfim, sou ciclista e amo a bike que é, sem dúvida, uma opção maravilhosa de se deslocar contudo, nessa experiência, descobri que o puro e simples caminhar, sem nenhuma pressa é ainda melhor.
Oi, João! Interessante relato! Obrigada pela visita ao blog e por compartilhar sua experiência!!! Un abbraccio!
Olá!
Vou para a Toscana em Fevereiro 2019 e gostava de fazer um tour pelas viniculas na zona de Montalcino com degustação/almoço, já vi o seu post e pareceu muito agradavel. Como faço para efectuar marcação?
Muito obrigada!
Oi, Margarida! Para conhecer os passeios, visite a seção “Serviços Turístico” do blog, que se encontra no menu principal. Em cada página descritiva do serviço tem um formulário de contato a ser preenchido com as infos necessárias para receber disponibilidade e orçamento. Fico no aguardo do seu contato! Abraços, babi.
Adorando…bjo Babi. Espero seu email sobre Siena ..San Gimigniano e Chanti…t.vou ter só 1 dia paraisso. Preço…eu e marido. Ano de 2019…abril
Adorei. Concordo demais. Vou a primeira vez pra Itália em setembro, mas ainda estou montando roteiro. Chego em Milão e volto por Roma. Vamos passar 16 dias líquidos. E depois de ler o post estou pensando se coloquei muitas cidades.
Oi, Lídia! Que bom saber que o artigo te fez repensar o roteiro! Não coloque mais de 2 cidades por dia, se não fica realmente pouco proveitoso! 😉 Bjos e obrigada pela visita e comentário!
Bela dica, Babi.
Pensando nesse conceito de viagem, iremos passar quase um mês aí na Toscana.
Vamos, inclusive, fazer o passeio no Chianti com vocês.
Já estamos na expectativa!
Abraços.
Que bacana, Tiago!!! Espero por vocês!!! 😀 Obrigada pelo comentário!