10 Motivos para Visitar o Palazzo Pitti

Atravessando o Rio Arno através da Ponte Vecchio, alguns metros mais adiante encontramos este majestoso e sóbrio palácio revestido em pietra forte, típica pedra arenária da cidade. O Palazzo Pitti é o maior palácio da cidade com mais de 200 metros de comprimento, e as atrações que ele oferece são proporcionais ao seu tamanho! Veja 10 motivos para não deixar de visitar o Palazzo Pitti durante sua passagem por Florença!


1. Projeto de Brunelleschi

O Palazzo Pitti foi construído pelo banqueiro Lucca Pitti em meados de 1400. Diz a tradição que o projeto usado pelos Pitti foi àquele que Brunelleschi havia feito para o novo palácio da Família Médici e que havia sido rejeitado por eles. O sócio/rival dos Médicis queria que as janelas do seu palácio fossem maiores que as portas do Palácio Médici.

Luca Pitti e seus filhos em frente ao seu Palácio, na época muito menor do que vemos hoje!

2. Moradores Vips

Cerca de um século após a sua construção, o Palazzo Pitti passou a ser propriedade dos Médicis, com Cosimo I e sua esposa Eleonora di Toledo. Seus sucessores moraram e ampliaram o Palácio. Com a extinção dos Médicis em 1737, a Família Lorena passou a governar a Toscana e manteve sua residência no Palazzo Pitti. Entre 1799 e 1815 Florença foi invadida por Napoleão e o Palazzo Pitti foi a residência de sua irmã, Elisa Bacciocchi. Em época de Florença Capital da Itália (1865-71), foi a residência dos Savoia, até finalmente passar para o Estado em 1912.
Cosimo I e Eleonora di Toledo

3. Decoração Riquíssima

Todas as salas são preenchidas do chão ao teto com quadros, seguindo o estilo barroco, e o teto é decorado com afrescos e estuques dourados. As decorações mais importantes são realizadas por Pietro da Cortona: Salas dos Planetas (Vênus, Apolo, Marte, Zeus e Saturno), e Sala da Estufa com as 4 idades do homem.

Sala dell’Iliade

4. Obras-Primas

Entre as centenas de quadros da Galleria Palatina, temos expostos 11 quadros de Rafael Sanzio, um dos grandes artistas do Renascimento ao lado de Michelangelo e Leonardo. O maior núcleo fica na sala de Saturno. Merece um olhar mais atento à Madonna dell’Impannata, Casal Doni, La Velata e Madonna della Seggiola. Outros quadros que merecem a sua atenção: “Amorino Dormiente” de Caravaggio, “Tondo Bartolini” de Filippo Lippi e “Maria Madalena” de Tiziano.

Da dir. para a esq.: Tondo Bartollini, Amorino Dormiente, Madonna della Seggiola,
Madonna dell’Impanata, Casal Doni, Maria Madalena

5. Apartamentos Reais

No primeiro andar do Palácio é possível visitar as 14 salas usadas pelo segundo Rei da Itália, Umberto I e sua esposa Margherita di Savoia que moraram aqui entre 1865 e 1871. Elas são decoradas suntuosamente, com paredes revestidas de seda colorida, teto com decoração à estuque, camas tipo dossel, quadros, vasos chineses, tapeçarias…

Sala del Trono

6. Venere di Canova

Na Sala de Vênus encontramos uma das poucas obras de Antonio Canova, mais importante escultor de época neoclássica, em solo fiorentino. Trata-se da Venus Italica, encomendada por Napoleão como substituta à Venus Medicea (obra grega do séc, I a.C) que ele havia roubado da Galleria degli Uffizi em 1802.

Venere Italia, Antonio Canova, Sala di Venere

7. Museo degli Argenti

No andar térreo encontramos um museu visitado por poucas pessoas, o museu das pratas. Mas não são somente objetos em prata que compõem a coleção, também fazem parte objetos em marfim, ouro e pedras preciosas, sem dizer dos afrescos que decoram paredes e tetos criando ilusões de ótica incríveis! No mezanino tem uma grande coleção de jóias da época dos Médicis até tempos atuais!

fonte: www.flonthegom.com

8. Jardim de Boboli

Este era o jardim do palácio, com mais de 45 mil m² de área, foi projetado por Triboli e Giulio e Alfonso Parigi entre 1550 e 1620. Um verdadeiro jardim à italiana, com plantas sempre verdes e dezenas de estátuas. Temos um ótimo visual da parte mais bonita do jardim da Gallerie delle Statue, no primeiro andar. Se for visitar o jardim, não deixe de ir à Grotta del Buontalenti.

Jardim de Boboli

9. Museu da Porcelana

O Museu da porcelana fica dentro dos jardins de Boboli, em seu ponto mais alto, dentro de uma “palazzina” de 1700 construída especialmente para o príncipe e futuro Grão-Duque Gian Gastone ter suas aulas de francês. A coleção tem peças principalmente da época dos Lorena.

Museo delle Porcellane

10. Museu de Arte Moderna

Para quem gosta de arte moderna, no segundo andar do Palazzo Pitti encontrará obras datadas do fim de 1700 até início de 1900. Aconselho uma atenção especial às obras dos Macchiaoli, uma corrente artística de Florença que corresponde ao impressionismo francês.
 Bovi al Carro, 1867, Giovanni Fattori

Informações Gerais

Museus: Abertos de terça à domingo das 8:15 às 18:50
Fechado: todas as segundas, 1° de Maio, Natal e Ano Novo
Jardim de Boboli: aberto todos os dias à partir das 8:15 e o fechamento varia de acordo com a estação do ano. [veja detalhes aqui]
Fechado: 1° e última segunda do mês, 1° de Maio, Natal e Ano Novo
Ticket:
– Galleria Palatina + Galleria di Arte Moderna (GAM): 8,50€ (13€ em caso de mostras temporárias)
– Jardim de Boboli + Museu da Prata + Museu da Porcelana: 7€
– Galleria Palatina, GAM, Boboli, Museus da Prata e Porcelana: 11,50€ (válido por 3 dias)

Visita Guiada

Para uma visita completa ao Palazzo Pitti, com todas as curiosidades da corte dos Médicis e Lorena, contate o Viva Toscana! Nossa sugestão é de uma visita de 2 horas, guiada por uma guia turística oficial de Florença, brasileira. Preços à partir de 25 euros/pessoa.

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14 comentários

  1. Carla Espositocomentou

    Parabéns pelo blog ! Me encanta as histórias de Florença!

  2. Oi, Daniella! Que bom que está gostando dos artigos! 🙂
    Para ver estas salas que você citou, é o ingresso base de 8,50 euros. 😉
    Bjos